

No dia 30 de março deste ano, um grupo de criminosos fez uma falsa blitz à noite, na Estrada da Grota Funda, na zona oeste, quando o casal voltava para casa em carros separados. Ao notar a presença dos criminosos, Marquini avisou à juíza pelo celular sobre o perigo e desceu do carro, quando foi atingido por cinco disparos de fuzil e morreu na hora. A juíza, que tinha curso de direção defensiva, deu marcha a ré e conseguiu escapar dos criminosos. Um tiro ainda chegou a atingir a lataria do veículo, que era blindado.
De acordo com as investigações, o grupo operava de maneira estruturada, com hierarquia definida, divisão de tarefas e uso de armamento pesado, incluindo fuzis e artefatos explosivos, para garantir o controle do território e a segurança dos pontos de venda de drogas. As ações criminosas ocorriam nas proximidades de creches, hospitais e áreas de lazer, colocando em risco a população local.
Entre os denunciados estão responsáveis pelo abastecimento e “controle de qualidade” das drogas, pela contabilidade do tráfico, segurança armada dos pontos de venda, logística e até entregadores (delivery) de entorpecentes. A atuação da organização envolvia ainda, ataques a comunidades dominadas por milícias rivais.
Quatro integrantes do grupo – Walace Andrade de Oliveira, Jefferson Rosa dos Reis, Alexandre Costa de Oliveira e Antônio Augusto D’Angelo da Fonseca – também foram denunciados por latrocínio consumado contra o policial civil João Pedro Marquini Santana e por tentativa de latrocínio contra a juíza Tula Corrêa de Mello,
Nessa segunda-feira (16), policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizaram uma operação para cumprir mandados de prisão preventiva contra investigados por crimes de latrocínio e associação ao tráfico de drogas. A ação ocorreu na Comunidade dos Tabajaras. Na ação, seis criminosos foram presos e um morto em confronto com a polícia.
De acordo com as investigações, os alvos atuam em uma organização criminosa responsável pela distribuição de drogas e controle territorial armado da comunidade.
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. Clique aqui e saiba mais.