
A ABL lembrou a trajetória de Luis Fernando, filho do também escritor Erico Verissimo, que nasceu em Porto Alegre e passou parte da infância e da adolescência nos Estados Unidos.
"De volta ao Brasil, atuou em publicidade, antes de entrar para o jornalismo. No jornal Zero Hora, sua coluna se consolidou como referência. Também foi colunista dos jornais O Estado de S.Paulo e O Globo. Ao longo de sua carreira, publicou mais de 60 livros — entre crônicas, contos, romances, literatura infantil e sátiras políticas — com amplo reconhecimento popular e traduções para diversos idiomas. Obras como O Analista de Bagé, Comédias da Vida Privada e As Mentiras que os Homens Contam o tornaram um dos autores mais queridos e bem-sucedidos do país".
Luis Fernando foi ainda cartunista, roteirista e apaixonado por jazz, tendo integrado o grupo Jazz 6 como saxofonista.
"A Academia Brasileira de Letras expressa sua solidariedade à esposa, Lúcia, aos filhos, Fernanda, Mariana e Pedro, aos netos, amigos e leitores. Verissimo nos ensinou a imaginar uma vida mais leve", destacou a entidade.
O poeta e escritor Marco Lucchesi, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, afirmou em depoimento que Verissimo foi um companheiro de muitas gerações de brasileiros. "Todos nós nos acostumamos a ler em suas página um sentimento de beleza, ironia, hiperfina, hipercrítica. Foi um grande poeta da prosa", descreveu.
"Verissimo era de grande leveza, sem ser superficial. Extremamente ágil, sem perder o tempo necessário da ironia. Era, de fato, um homem apaixonado pelo Brasil e esperava que todos nós fôssemos capazes de superar as contradições do país, para um discurso de fraternidade e igualdade", acrescentou Lucchesi.
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