MAIS LIDAS

    postado em 28/09/2025 11:47

    O início da gestação é comumente marcado por vertigens, náuseas e vômitos, além de cansaço e sonolência. Com a evolução da gravidez, edemas, câimbras e contrações abdominais se somam à lista de sintomas e podem dificultar a concentração necessária para a condução de um veículo. O alerta é da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). 

    Durante o 16° Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego, em Salvador, a obstetra e membro da comissão científica da Abramet Lilian Kondo destacou que tanto a gestação quanto o puerpério são períodos que exigem maior atenção da mulher ao assumir o volante. 

    No caso de motoristas gestantes, as recomendações, segundo ela, incluem: 

    • evitar trajetos longos;
    • em caso de mal-estar, parar o veículo e pedir ajuda;
    • programar paradas frequentes para se alongar e se movimentar;
    • usar meias de compressão em viagens acima de quatro horas; e
    • utilizar equipamentos de segurança. 

    Nesse último quesito, a médica destaca que é recomendado afastar o banco do volante ao máximo, mas de forma que não prejudique a direção, além de utilizar o cinto de segurança de forma que a faixa subabdominal fique o mais baixo possível e nunca por cima da barriga. Já a faixa diagonal deve ser posicionada passando lateralmente ao útero. 

    Para puérperas, não há prazo definido para o retorno à condução de veículos. Alguns países, segundo Lilian, orientam aguardar de duas a seis semanas.

    “A condição essencial é que a mulher esteja fisicamente e emocionalmente apta e sem fazer uso de medicamentos que prejudiquem a condução”. 

    *A repórter viajou à convite da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet)

    Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

    Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. Clique aqui e saiba mais.