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    postado em 29/09/2025 08:30

    A 19ª edição da CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte-  anunciou, na noite desse domingo (28), os vencedores da Mostra Território e os projetos premiados no Brasil CineMundi - 16th International Coproduction Meeting. A cerimônia de encerramento foi no Cine-Theatro Brasil, no centro da capital mineira.

    O prêmio de melhor filme da Mostra Território foi concedido a Quemadura China, produção uruguaia dirigida por Verónica Perrotta. Também foram reconhecidos Chicharras (México), de Luna Marán, com o prêmio de Melhor Presença; Huaquero (Peru), de Juan Carlos Donoso Gómez, com Destaque do Júri em Montagem; e Punku (Peru), de Juan Daniel Fernández Molero, vencedor do Prêmio Abraccine.

    Destaques da programação

    Ao longo de seis dias, a CineBH exibiu 101 títulos nacionais e internacionais, reforçando a pluralidade e a diversidade do cinema contemporâneo. Entre os destaques, esteve a exibição de O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar 2026.

    Filmes desenvolvidos nos laboratórios do CineMundi também chamaram atenção, como A Natureza das Coisas Invisíveis, estreia em longas da brasiliense Rafaela Camelo, que emocionou o público em sessão com aplausos. O filme de Camelo teve sua estreia mundial na mostra Generation, do Festival de Berlim, e recebeu diversos prêmios internacionais neste ano.

    O diretor José Eduardo Belmonte apresentou a pré-estreia de Assalto à Brasileira, inspirado em fatos reais do fim da década de 1980. Em entrevista à Agência Brasil, Belmonte destacou que a obra busca retratar “um tempo de desesperança e perda de fé no país”, marcado por inflação descontrolada e pelo início da redemocratização.

    Brasil CineMundi

    Paralelamente às exibições, o Brasil CineMundi premiou projetos em desenvolvimento, reafirmando sua vocação como espaço de coprodução e fomento a novas vozes do cinema.

    O júri oficial, formado por Luana Melgaço, Jorge Cohen e Juliette Lepoutre, escolheu Filhas do Mangue, de Stella Carneiro (AL), como vencedor. Segundo os jurados, o projeto se destacou pela originalidade e pela capacidade de articular experiências íntimas com reflexões sobre preservação ambiental, desigualdades regionais e irreverência juvenil.

    Na categoria Work in Progress, os premiados foram:

    O Filho da Puta (MG/RS), de Erica Maradona, Otto Guerra, Sávio Leite e Tânia Anaya – Prêmio O2 Pós.

    Lusco-Fusco (SP), de Bel Bechara e Sandro Serpa – Prêmio Mistika.

    A Fabulosa Máquina do Tempo (RJ), de Eliza Capai – Prêmio The End.

    O Prêmio Foco Minas ficou com Arrudas (MG), de Matheus Moura.

    Entre os projetos mais celebrados, Você? Mãe? (RJ), de Daniel Gonçalves e Nathalia Santos, conquistou três prêmios distintos (DocBrasil, Conecta e DocSP), sendo reconhecido pela força estética e pelo potencial de tornar o pessoal em universal.

    Outros premiados incluem:

    Tomba Homem (MG), de Gibi Cardoso – DocSP Study Center.

    Febre Tropical (SP), de Andy Malafaia e Carolina Höfs – FIDBA #Link.

    Toshi Voltou do Japão (SP), de Marcos Yoshi – Nuevas Miradas.

    Enquanto te Escrevo a Paisagem Muda (PE), de Anna Lu Machado e Artur Monteiro – RIDM.

    Soberbo (MG), de Camila Matos e Juliana Antunes – Burning.

    Omágua Kambeba (AM), de Adanilo – Prêmio principal do MECAS e do coletivo Filmes de Plástico.

    Sapatour (SP), de Gab Laurenzato – World Cinema Fund.

    Diamante, o Bailarina (SP), de Pedro Jorge – MAFF/Projeto Paradiso.

    O coletivo Filmes de Plástico ainda destinou um prêmio especial a Brilhante (MG), de Carol Silva e Karen Suzane, pela relevância LGBTQIAPN+.

    Cinema plural e premiado

    Com programação gratuita, a 19ª CineBH reafirmou sua posição como um dos principais encontros cinematográficos do Brasil, valorizando tanto a circulação internacional de filmes quanto o surgimento de novas vozes no país.

    *A repórter viajou a convite do evento

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