

A afirmação foi feita nesta segunda-feira (6) durante palestra proferida no Instituto Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo.
“A série histórica dá a entender que talvez estejamos em pleno emprego. Temos dados bastante fortes do que vem acontecendo [em relação a isso]. A massa salarial e o rendimento médio real têm uma alta bastante acentuada nesse sentido. Então acho que é difícil dizer que a gente não tem, provavelmente, o mercado de trabalho mais exuberante que a gente viu nas últimas três décadas”, disse o presidente do BC.
Galípolo disse, ainda, que para o país continuar crescendo sem ter uma pressão inflacionária, é muito importante que esse crescimento se dê por aumento de produtividade. “Mas por uma produtividade que permita a gente ter uma sustentabilidade, [de forma a termos] uma duração mais longa nesse crescimento”, complementou.
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Ele reiterou que a elevação dos juros se deve às pressões inflacionárias. “A gente sabe que 15% é uma taxa de juros elevada, mas percebam a situação que a gente tinha em abril: 57% dos itens que compõem o IPCA estavam superiores ao dobro da meta de inflação”, disse.
“A gente não vê a inflação na meta em nenhum dos horizontes, nem até 2028, pelas expectativas do Focus. É óbvio que o BC tem suas próprias projeções. E a gente incorpora todas essas projeções. Dentro das expectativas do Focus e dentro das nossas projeções, esse é um indicativo de bastante incômodo”, complementou.
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