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    postado em 10/11/2025 15:57

    Nesta segunda-feira (10), a TV Brasil exibe, às 23h, um novo episódio do premiado programa Caminhos da Reportagem, que tem como tema “Amazônia: coração da COP30”. A atração relembra conquistas das conferências anteriores, além de apresentar os desafios para o futuro desta nova edição em Belém (PA).

    O ponto de partida para as Conferências do Clima foi dado no Brasil. Em junho de 1992, o Rio de Janeiro sediou a ECO-92. O evento reuniu 178 chefes de governo e fez o planeta entender que as mudanças no clima são consequências da ação humana.

    Três anos depois, surgiu a primeira COP. O palco foi Berlim, na Alemanha. Agora, 30 anos depois, a Amazônia recebe a conferência. A cidade de Belém vai concentrar, na COP30, discussões sobre combustíveis fósseis, efeito estufa e transição energética.

    É consenso entre os cientistas que, se a temperatura do planeta ultrapassar 1,5ºC do nível anterior à Revolução Industrial, os eventos climáticos extremos, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca na Amazônia, no ano passado, serão ainda mais intensos e comuns.      

    Para demonstrar o cenário, o Caminhos da Reportagem foi à segunda maior favela do Brasil: o Sol Nascente. A 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes, em Brasília, a região sofre com baixa renda, pouca oferta de emprego, infraestrutura insuficiente, falta de água na seca e excesso de água na chuva.

    “A situação, no tempo de chuva, é precária. Tem lugar com erosão de mais de três metros, que pega as casas de lado a lado”, conta a Sandra Ribeiro Bento, líder comunitária do local. “A periferia é a que mais padece”, resume a presidente da Federação Habitacional do Sol Nascente, Edilamar Souza.


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    COP30

    A atração apresenta que umas das soluções é substituir petróleo e carvão por fontes de energia renováveis. Outras medidas fundamentais são zerar o desmatamento e recuperar as florestas. Temas que certamente serão discutidos na COP30.  

    A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, adiantou à equipe do programa da TV Brasil que o Brasil já recuperou metade dos 12 milhões de hectares de florestas que o país se comprometeu a restaurar até 2030. “São mais de seis milhões de hectares”, disse.

    Outros debates importantes envolvem a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas e uma novidade: o financiamento para a manutenção de florestas em pé. 

    A saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris é um obstáculo a ser enfrentado. O documento, assinado em 2015 por mais de 190 países, passou a ser desconsiderado assim que Donald Trump reassumiu a presidência, em janeiro deste ano. Em poucas palavras, o Acordo de Paris definiu metas voluntárias de redução das emissões de gases de efeito estufa.

    “Isso não é irrisório, mas abre possibilidades. Eu estou olhando o copo meio cheio, mas é possível avançar em algumas negociações, porque os Estados Unidos historicamente são um grande bloqueador de certos assuntos nas convenções. E um dia eles vão ter que voltar para esse acordo, porque a crise climática não vai poupar nenhum país dos seus efeitos”, prevê a especialista em Política Climática do Observatório do Clima, Estela Herschman.

    Serviço 

    Caminhos da Reportagem – Amazônia: coração da COP30

    Segunda-feira (10), às 23 horas, na TV Brasil

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