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    postado em 14/11/2025 22:25

    Os trabalhadores da indústria de petróleo e gás querem uma participação efetiva nas discussões de políticas para uma transição energética justa, soberana e popular. As propostas para viabilizar o processo foram apresentadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), durante a COP30,  em Belém (PA).

    Entre as principais sugestões estão a construção de um plano estratégico de transição, elaborado em conjunto com os trabalhadores, com a garantia de capacitação profissional e geração de empregos de qualidade; a ampliação de investimentos em tecnologias de baixo carbono e a promoção do desenvolvimento regional.

    “É importante uma transição energética que fortaleça a negociação coletiva, o respeito aos direitos dos trabalhadores, afastando ameaças de precarização do trabalho, e que garanta o desenvolvimento sustentável”, destacou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar

    Ele participou do painel A ação sindical no Sul Global por uma transição energética justa e popular, que contou com a participação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

    Para Bacelar, as mudanças climáticas trazem a oportunidade de um novo projeto de desenvolvimento para o país, associando o progresso técnico industrial à promoção de garantias sociais e ambientais sólidas. 

    “Para construir uma alternativa ao modelo ineficiente da economia de mercado é preciso garantir que a transição energética seja socialmente justa, economicamente viável e eficaz para atingir as metas climáticas”, avaliou.

    Margem Equatorial

    A FUP considera a exploração da Margem Equatorial importante para a segurança energética nacional e redução da dependência de importação de derivados de petróleo no longo prazo, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.

    “A região precisa ser reconhecida como área estratégica, implementando o modelo de partilha da produção”, ressalta Bacelar.

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