
Na quarta-feira (19), será a vez da CPI ouvir o diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Antônio Glautter de Azevedo Morais, além do promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que investiga o Primeiro Comando da Capital (PCC) desde o início dos anos 2000.
Instalada no último dia 4 de novembro após repercussão da operação policial no Rio de Janeiro (RJ) que matou 121 pessoas, as primeiras reuniões de trabalho da CPI do Crime Organizado do Senado ocorrem no momento que a Câmara dos Deputados tenta votar o substitutivo do projeto de lei (PL) Antifacção, que enfrenta resistências no governo e na oposição.
Em entrevista à Agência Brasil, o relator da CPI do Crime Organizado no Senado, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), explicou que o objetivo da Comissão é produzir um diagnóstico completo da atuação das facções e milícias no Brasil que possibilite a adoção de políticas de segurança mais eficientes.
“Com esse diagnóstico, daremos o encaminhamento de quais são as soluções que funcionam e aquelas que nunca funcionaram, embora sejam repetidas de tempos em tempos”, comentou o relator Vieira.
A Comissão é presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), que promete trabalhar para evitar que a CPI se transforme em palco político-eleitoral sem contribuições objetivas para o combate ao crime organizado no Brasil.
“A gente tem que ter a responsabilidade de dar uma resposta para a população sem se deixar contaminar com esse viés político partidário ou eleitoral. Temos que fazer dessa CPI um resultado positivo em defesa daquilo que é elementar, que é a segurança pública como direito de todos e dever do Estado”, disse Contarato à Agência Brasil.
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