Casa Grande na Netflix revela o abalo silencioso de privilégios cariocas - (crédito: Obeservatório da TV)
Disponível no catálogo da Netflix, o filme Casa Grande (2014), dirigido por Fellipe Barbosa, retrata a trajetória de uma família da alta burguesia carioca que enfrenta uma falência inesperada.
Sônia (interpretada por Suzana Pires) e Hugo (Marcello Novaes) vivem um cotidiano de conforto na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, até que sua estabilidade financeira começa a ruir. O filho Jean (Thales Cavalcanti), aluno de colégio tradicional, passa a confrontar dois mundos: o dos privilégios familiares e o de uma realidade social mais ampla, ao se envolver com Luiza (Bruna Amaya), estudante da rede pública.
Enquanto os pais ocultam cortes e demissões para manter a imagem de normalidade, Jean experimenta uma transição brusca: de ônibus escolar a transporte público comum, de zona de conforto à exposição às diferenças sociais. O filme reúne elementos de amadurecimento, reconstrução de identidade e reflexão sobre status e classe no contexto urbano brasileiro. A ambientação no Rio de Janeiro funciona como palco de tensões silenciosas que afetam a estrutura familiar e individual.
Para o assinante da Netflix interessado em cinema nacional que dialoga com desigualdade e juventude, Casa Grande representa um olhar direto sobre as consequências do colapso econômico e social dentro de uma família cujo mundo parecia invulnerável.
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